( foto tirada por mim)
Em mim, esta necessidade de expressão grita e dói!
E todo dia se insinua, feito ser vivo querendo sair de mim.
Qual constante dor de parto,
sinto a expressão gestada querendo desesperadamente nascer.
E vou parindo palavras, versos e melodias, desenhos ou fotografias,
como se fossem filhos, a quem não temos o direito de exigir que sejam feios ou bonitos,
sadios ou doentes, homens ou mulheres, bons ou maus.
como se fossem filhos, a quem não temos o direito de exigir que sejam feios ou bonitos,
sadios ou doentes, homens ou mulheres, bons ou maus.
Apenas nos emprestamos para a gestação e vamos parindo, irresponsavelmente. E amando do jeito mesmo que são!
Até tentamos fazer-lhes um corte aqui, uma inserção acolá, que os deixe mais apresentáveis aos olhos alheios. Mas nós os amamos na sua essência, desde a sua forma mais primitiva de ser! (Ivete Kg 26.10.2010)
6 comentários:
Olá Ivete!
Simplesmente adorei este texto, descreve na perfeição o sentimento da alma, feito poesia.
Em tudo o que escrevemos há sempre um pouco de nós.
Um beijo
Rosinda
Uma constante ebulição de emoções que sentimos quando somos mulheres, mães, avós...
A criação, a gestação, são essências que se entrelaçam com o AMOR e expressam nossos sentimentos!
Goei muito deste teu trecho, todo ele escrito com mutio sentimento e perfeição.
Beijinho para ti, Ivete!
Gostei muito desta foto...uma ovelhinha....sua ariana, também gostas delas?
Olá, Ivete!
Já me tinha apercebido da tua veia poética mas, nunca imaginei que ela chegasse ao Alto da Derrilheira, sobre Adrão. Como tu dizes por aqui, algures, as palavras Naia, Muranho, Derrilheira, Pedrada ... são cheias de magia para nós, os de Adrão e não só. De Adrão e de todas as terras em volta da Pedrada, também partiu gente para os Brasis e partilharam muito de si na construção desse grande país, também ele cheio de magia, de samba, de poesia ... Tu és um exemplo de como vais desbravando as tuas belas poesias e acredito também que, se pedires ajuda às minhas amigas do Tejo, aquelas de quem Camões se socorreu, ainda poderás vir a ter um grande êxito. Como dizia o vosso ex-presidente, josé Sarney, todos temos veia, é preciso libertá-la e dar-lhe asas.
Vai aparecendo. Gostei do teu comentário poético.
Bjs.
Rosinda- Obrigada! É isto mesmo. cho que tudo o que vamos escrevendo,bordando,pintando...enfim, todas as nossas formas de expressão são mesmo filhos da alma. Ás vezes alegre,noutras tristes...É preciso expressar o que estamos, o que gestamos.Ou morremos antes da hora!
Um beijo,amiga.Bom fim de semana!
Tina - Creio que "esta" dor de gestação não se aplique só a nós, mulheres.Há muitos homens que a sentem também, embora não a expressem ,talvez, desta forma, porque nunca tiveram gravidez.No entanto, à mescla de tudo isto, sem dúvida estão os sentimentos.E eu, uma "sensívelm em demasia" acabo tendo que me expressar de alguma forma.
E quanto à ovelhinha? Adoro!Para além do carinho que inspiram, são animaizinhos tão lindos,né?
Beijos,amiga.Bom fim de semana!
Ventor- Pois é meu amigo, sabes aquele dia em que estavas tão tristinho,visitando a campinha do Quico? Inspiraste-me! Eu, quando sou tocada pelos sentimentos dos outros, logo preciso sair colocando os pensamentos no papel. Nascem estas poesias meio desencontradas, mas é este o meu jeito de ser.E as tuas Montanhas Lindas podem ser fonte de inspiração, mesmo à distancia.Ainda mais com todos esses nomes que nos contas, tão cheios de sonoridades...
Pois, vou seguir o teu conselho e pedir ajuda às tuas amigas do Tejo( outro nome lindo!).Quem sabe ainda me torno mesmo poetisa,á exemplo de Camões?(sonhar não é pecado!)
De todo jeito, obrigada pelas palavras animadoras e pela tua visitinha por aqui. É sempre um prazer te ver,sim?
Beijinhos a ti e à dona.Bom fim de semana!
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