domingo, maio 27, 2007

CARENTE.

Sou como criança... Procurando sempre atenção, carinho, um colo. Alguém para brincar comigo. Não sei ficar muito tempo sozinha, sem tagarelar, sem rir ou até sem brigar. Preciso de companhia. Não uma companhia qualquer. Preciso de gente com sensibilidade para saber a hora de falar e a hora de calar. A hora de puxar as orelhas e a hora de pôr no colo, consolar... Sinto-me triste. Há sempre as perdas na nossa vida. É melhor não lembrar, não pensar no que deixamos para traz. Mas nem sempre conseguimos. Tem horas que as dores se tornam fortes, de coisas passadas, presentes... Ou até futuras. Lidar com as perdas. Há tantas teorias, palavras bonitas, belas explicações... Mas na hora mesmo das dores todo mundo é igual. E não são só as nossas dores que nos machucam, não. A gente olha ao redor, pessoas que queremos bem com problemas aparentemente insolúveis... Isso vai nos afetando, corroendo a nossa alma. Rezar, rezar, rezar? Para encontrar consolo? Às vezes queremos consolo mais próximo. Consolo de ombros de carne e não só de espírito. Tem horas, que não conseguimos deixar Deus nos consolar. E aí, não há oração suficiente...

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